quarta-feira, 24 de abril de 2024

Ação social atende indígenas em Dourados

Atividades foram desenvolvidas pela Pastoral Universitária e Missão Univida, da igreja Católica.

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João Pires

 

Profissionais voluntários realizaram atendimentos odontológicos básicos aos indígenas (Foto - João Pires)

 

Pelo menos 200 voluntários envolvendo estudantes e profissionais de diversas áreas, estiveram durante cinco dias nas aldeias indígenas de Dourados em ação social promovida pela Pastoral Universitária e Ong Univida, sediadas em São Paulo. A ação aconteceu entre os dias 11 a 15 e concentrou os atendimentos na Escola Indígena Tengatuí Marangatu, localizada na aldeia Bororó, onde reuniu universitários das cidades de Fernadópolis (SP), Santa Fé do Sul (SP), Ilha Solteira (SP), Araçatuba (SP), Lins (SP) e Três Lagoas (MS).

 

O principal atendimento realizado nas aldeias foi na área de odontologia, onde aproximadamente 500 indígenas receberam tratamento básico odontológico, como obturação, limpeza e extração de dentes. Também foram entregues 150 cestas básicas e roupas coletadas nas universidades. De acordo com o advogado pastoral, Felipe Cugolo, de Santa Fé do Sul (SP), este é o quarto ano que a ação social é realizada em Dourados. “Esta missão humanitária tem o propósito de levar um pouco do conhecimento adquirido na faculdade, principalmente na área da saúde, em prol dos indígenas que muitas vezes não são assistidos ou recebem pouco auxílio do poder público”, explicou.

Diversas ações foram realizadas em cinco dias por voluntários de universidades do MS e SP (Foto - João Pires)

 

Ainda segundo o advogado, durante os cinco dias do evento foram locados 10 veículos para o deslocamento dos estudantes e padres que acompanharam os atendimentos nas aldeias, inclusive por médicos voluntários que realizaram exames clínicos em gestantes e adultos. Na quinta-feira (14) também foi realizada uma festa junina na aldeia Bororó, onde reuniu pelo menos três mil indígenas.

 

Para o médico Washington Henrique da Conceição, a principal dificuldade encontrada nas aldeias é com relação ao saneamento básico, responsável pelo surgimento de doenças de pele e parasitas intestinais, que resultam em desnutrição. “Em muitas locais faltam condições mínimas de higiene e em alguns casos, por exemplo, somente uma escova de dente é utilizada por todos os membros de uma família”, afirmou o médico, que também é seminarista. “A medicina é muito gratificante, e aqui fazemos o muito, com pouco recurso”, completou.

 

MISSÃO HUMANITÁRIA

 

A ação social promovida pela igreja Católica, em parceria com a Missão Univida e Pastoral Universitária, sob a responsabilidade do padre Eduardo Eduardo Lima, da diocese da cidade de Jales (SP). Ele ressalta o propósito da ação social entre os indígenas, como um processo de humanização. “Om profissional ou o universitário tem a oportunidade de desenvolver laços culturais e amor ao próximo, seja qual for a sua área de atuação”, considera.

 

Padre Eduardo (2º à esquerda) junto com indígenas e integrantes da Missão Univida (Foto - João Pires)

 

De acordo com o padre em algumas visitas nas aldeias foram encontradas famílias em condições precárias e o pouco que é oferecido pelos voluntários faz a diferença na qualidade de vida dos indígenas. “Infelizmente não podemos levar a estrutura necessária em todos os atendimentos, como no atendimento dentário, onde um procedimento de canal, por exemplo, evitaria uma extração do dente”, lamentou.

 

 

 

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