João Pires
Por pouco não terminou em confusão a Assembleia do Simted, na tarde desta terça-feira (29) em Dourados. Quatro mulheres que faziam manifestação contrária à greve dos professores irritaram algumas servidoras que tentaram impedir que o grupo erguesse cartazes enquanto eram registradas pela imprensa local.
Logo no início da reunião, realizada no calçadão da Praça Antônio João, as manifestantes se posicionaram em meio aos professores, com cartazes de cartolina com frases como; “Meu filho não tem culpa!”, “Onde deixo meu filho?” e “Não quero meu filho na rua!”.
Em seguida com a movimentação de fotógrafos e cinegrafistas, alguns educadores se apressaram em também pegar cartazes de protesto à administração municipal na tentativa de ‘abafar’ a manifestação contrária ao movimento.
Foi quando começou o ‘empurra empurra’ entre a avó e a bisavó de dois alunos e uma professora. “Estávamos educadamente fazendo o protesto e veio uma professora empurrar a minha mãe de 73 anos. Isso é feio, pois eles são educadores”, reclamou Lucimara de Oliveira, avó de dois alunos que estudam na Escola Municipal Aurora Pedroso.
Já a bisavó que sentiu coagida durante o protesto, afirmou que não é contra a greve, porém criticou o horário diferenciado adotado nas escolas na semana passada. “Tem que olhar também para as crianças que estão na porta do lado de fora de um colégio. Não sou contra o professor, mas contra a má educação da professora que veio me desafiar. Sou filha de Dourados revindicando o direito de todas as crianças”, disse Emilia de Oliveira, 73 anos, ao Estado Notícias.
SIMTED
Questionada pela reportagem quanto ao fim da greve que já dura oito dias, a presidente do Simted, Gleice Barbosa afirmou que não há previsão de encerramento do movimento. Para ela, mesmo com a disposição da prefeita em fazer uma auditoria nas contas da Educação não satisfaz os educadores. “Deveriam estar fazendo está auditoria desde abril. Somente ter disposição não resolve. É preciso fazer”, enfatizou.
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