quarta-feira, 17 de abril de 2024

Carlos Marun é relator da CPI da JBS no Congresso

Deputado do PMDB-MS é integrante da ‘tropa de choque’ do presidente Michel Temer.

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Deputado Carlos Marun (PMDB-MS) será relator da CPI da JBS (Foto: Fabio Rodrigues Pozzebom/Agência Brasil)

Globo News

Deputado Carlos Marun (PMDB-MS) será relator da CPI da JBS (Foto: Fabio Rodrigues Pozzebom/Agência Brasil)

O deputado Carlos Marun (PMDB-MS) foi escolhido relator da Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) da JBS, instalada na semana passada no Congresso para apurar supostas irregularidades em empréstimos do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) ao grupo J&F – que controla a JBS.

 

A escolha foi feita pelo senador Ataídes Oliveira (PSDB-TO), presidente da CPI, que já havia declarado que o PMDB teria preferência para indicar um relator, por formar as maiores bancadas na Câmara e no Senado.

 

Nos bastidores, houve pressão do PMDB e do governo para que Marun, que faz parte da “tropa de choque” de Temer, fosse escolhido relator. Para tentar diminuir a influência do peemedebista na relatoria, Ataídes Oliveira nomeou dois sub-relatores.

 

O deputado delegado Francischini (SD-PR) assumirá a sub-relatoria de contratos da JBS, que também tratará da delação do grupo, e o deputado Hugo Leal (PSB-RJ) ficará com a sub-relatoria de assuntos fiscais, previdenciários e agropecuários.

 

No fim de semana, Ataídes de Oliveira se encontrou com Temer e com o ministro da Secretaria de Governo, Antonio Imbassay, que afirmou que o PMDB não abriria mão da nomeação de Marun como relator.

 

Líderes peemedebistas também disseram que não deixariam os trabalhos da CPI andarem se Marun não fosse o relator, pela questão da proporcionalidade.

 

Criada em maio, a comissão só foi instalada depois que a Procuradoria Geral da República anunciou que revisaria as delações da JBS por suspeita de omissão de informações.

 

Os depoimentos de Joesley Batista, um dos donos do grupo, e de executivos da empresa embasaram a denúncia contra o presidente Temer por corrupção passiva, que foi barrada pela Câmara em agosto.

 

 

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