João Pires
A Prefeitura de Dourados diminuiu o número de vagas e consequentemente os valores dos repasses financeiros destinados aos convênios com entidades, instituições e escolas particulares do município. No entanto, crianças que tiveram suas matriculas garantidas para o ano letivo de 2016 poderão ficar sem atendimento devido ao corte, como é o caso da Creche André Luiz, localizada na Vila Amaral.
De acordo com a coordenadora, Katye Capilé Beloto, a Creche André Luiz hoje atende 280 crianças, porém, conforme publicação no Diário Oficial do Município, edição do dia 1º, para o ano de 2016 somente 200 das 280 crianças matriculadas serão beneficiadas com o repasse mensal de R$ 350 reais por aluno, totalizando R$ 70 mil mensais dos R$ 98 mil necessários. “A Prefeitura pretende economizar R$ 28 mil por mês, mas e as 80 crianças que ficarão de fora? Como fica?”, questionou.
Como tentativa de manter todas as crianças na Creche, a coordenadora afirmou que nesta quinta-feira irá reunir em assembleia com os pais dos alunos para buscar uma solução, tendo como proposta aumentar a arrecadação mensal, já que o repasse previsto pela Prefeitura de Dourados não corresponde com os valores gastos nas despesas.
A coordenadora afirmou à reportagem do Estado Noticias, que caso os pais ou responsáveis não aceitem o aumento nos valores que serão propostos pela diretoria, ela não encontra alternativa senão fechar uma das creches mais antigas de Dourados. “Não tem como a gente simplesmente cancelar a matricula de 80 crianças e beneficiar outras 200 também já matriculadas. Que critérios vamos usar? Minha mãe (presidente da creche) está com mais de 80 anos e já não suporta tanta indignação”, desabafou.
A Creche André Luiz tem como presidente a conhecida dona Josephina Capilé. É uma entidade particular, porém como não tem fins lucrativos depende do convênio municipal para arcar com todas as despesas e mesmo assim, sofre dificuldades financeiras, já que oferece atendimento desde o berçário em tempo integral, com pelo menos 70 funcionários.
