quinta-feira, 25 de abril de 2024

Defesa pede que ex-presidente Lula preste depoimento a tribunal em caso do triplex

Os advogados do ex-presidente pedem que Lula seja ouvido no TRF4 por considerarem que Moro não teve interesse em apurar os fatos.

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O pedido faz parte dos argumentos contra a condenação do petista por corrupção passiva e lavagem de dinheiro em razão do triplex no Guarujá, que chegaram à corte nesta segunda-feira (11)(Foto: Andre Penner)

Por G1

O pedido faz parte dos argumentos contra a condenação do petista por corrupção passiva e lavagem de dinheiro em razão do triplex no Guarujá, que chegaram à corte nesta segunda-feira (11)(Foto: Andre Penner)

A defesa do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva pediu que ele seja ouvido pelo Tribunal Regional Federal da 4ª Região (TRF4), com sede em Porto Alegre. O pedido faz parte dos argumentos contra a condenação do petista por corrupção passiva e lavagem de dinheiro em razão do triplex no Guarujá, que chegaram à corte nesta segunda-feira (11). Os advogados pedem ainda que ele seja inocentado no processo.
Lula foi condenado a 9 anos e 6 meses de prisão, com direito a recorrer em liberdade, conforme decisão proferida no dia 12 de junho pelo juiz Sérgio Moro, da 13ª Vara Federal Criminal de Curitiba. Os advogados de Lula ingressaram com recurso na Justiça Federal no Paraná, no dia 31 de junho, para entregar nesta segunda os argumentos que vão basear a apelação.
A apelação havia chegado à segunda instância no dia 23 de agosto, data na qual o desembargador federal João Pedro Gebran Neto – responsável pela relatoria dos processos da Lava Jato em segunda instância – assinou um despacho no qual intimou os advogados a apresentarem as alegações, que foram apresentadas agora. O documento de 491 páginas chegou ao sistema às 21h05 de segunda, conforme a assessoria de imprensa do tribunal.
Os advogados do ex-presidente pedem que Lula seja ouvido no TRF4 por considerarem que Moro não teve interesse em apurar os fatos. “O pedido foi baseado na demonstração de que o juiz de primeiro grau jamais teve interesse em apurar a realidade dos fatos e atuou como verdadeiro acusador: enquanto o MPF fez 138 perguntas a Lula durante o seu interrogatório, o juiz formulou 347 questões ao ex-Presidente, a maior parte delas sem qualquer relação com o processo”, diz nota encaminhada pela defesa.
Ainda de acordo com a nota da defesa do ex-presidente, o documento registrado no TRF4 destaca que o próprio juiz Sérgio Moro reconheceu que não há valores de contratos firmados pela Petrobras usados em benefício de Lula. Além disso, diz o texto, o magistrado indeferiu o uso de provas da inocência do político.

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