sexta-feira, 19 de abril de 2024

Desaparecimento de irmãos após abordagem policial em MS completa quatro meses

Família cobra respostas, já que até hoje não houve novidade sobre o paradeiro dos jovens. Polícia investiga o caso, que também é acompanhado pela OAB.Leia mais...

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rmãos sendo abordados pelo DOF antes de desaparecerem em Ponta Porã (Foto: Reprodução/TV Morena)

G1 MS

rmãos sendo abordados pelo DOF antes de desaparecerem em Ponta Porã (Foto: Reprodução/TV Morena)

O desaparecimento dos irmãos Rodney Campos dos Santos, de 27 anos, e Edney Amorim, de 20, que sumiram após uma abordagem de policiais do Departamento de Operações de Fronteira (DOF), completou quatro meses. O caso aconteceu em agosto deste ano, em Ponta Porã, fronteira de Mato Grosso do Sul com o Paraguai.

 

A família, ainda sem resposta, procura saber o que aconteceu. “Queria saber pelo menos uma notícia. Qualquer coisa deles. As autoridades tinha que ver isso pra mim, porque os policiais levaram meus filhos presos, levaram no camburão, na viatura, tem o vídeo que levaram meus filhos presos”, desabafou o pai, Claudinei Rodrigues.

 

De acordo com o delegado, não há prazo para o fim dos trabalhos porque o caso ainda não tem nenhum indiciado. A polícia trabalha com três linhas de investigação, mas nenhuma delas foi divulgada.

 

“Por diversas vezes a delegacia de homicídios designou equipes. Várias vezes chefiei equipes e infelizmente todas as buscas, todas as investigações, resultaram de maneira negativa. Foram infrutíferas. Desde então, as equipes tem se deslocado a Ponta Porã”, afirmou o delegado Márcio Shiro Obara.

 

Câmeras de segurança de um posto registraram a abordagem. Um foi colocado na viatura e o outro no próprio veículo. Pelas imagens não é possível saber para onde seguiram. No mesmo dia do desaparecimento, o carro foi encontrado do lado paraguaio com um boné de uma das vítimas.

 

A Ordem dos Advogados do Brasil acompanha a investigação. A comissão já recebeu e está analisando o inquérito da Polícia Militar, conduzido pela corregedoria da PM, que apura a conduta dos agentes do DOF. A OAB aguarda agora o inquérito da Polícia Civil, que ainda está em andamento.

 

”Eu queria que solucionassem o caso pra mim, para ter justiça. Pra eu ficar mais tranquilo. Só isso que eu queria. A Justiça de Mato Grosso do Sul tem condição. Hoje em dia, tem condição de ‘pôr o caso a limpo. Eu tenho certeza que tem”, completou o pai dos desaparecidos.

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