sexta-feira, 29 de março de 2024

Família de Karina Saifer realiza manifestação pelas ruas de Nova Andradina

Ato teve início na região central da cidade e terminou na escola em que a adolescente estudava.Leia mais...

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Com cartazes, camisetas e faixas, os manifestantes chamaram a atenção para a questão do bullying, uma vez que, na avaliação da família, este seria o principal fator que teria levado Karina a dar fim à própria vida.(Foto: Acácio Gomes/Nova News)

Nova News

Com cartazes, camisetas e faixas, os manifestantes chamaram a atenção para a questão do bullying, uma vez que, na avaliação da família, este seria o principal fator que teria levado Karina a dar fim à própria vida.(Foto: Acácio Gomes/Nova News)

Na manhã deste sábado (18), a família da adolescente Karina Saifer, de 15 anos, encontrada morta no último dia 07 de novembro, em sua casa, no Bairro Argemiro Ortega, em Nova Andradina, realizou uma manifestação pela região central da cidade. Segundo a família, manifestação teve como objetivo chamar a atenção da sociedade para combater o bullying, levar as pessoas a terem mais amor e compreensão umas com as outras, bem como convidar as famílias a participarem mais ativamente das vidas dos filhos.

 

O ato teve início por volta das 09h, com uma concentração em frente ao Ginásio de Esportes de Nova Andradina, de onde o grupo percorreu a Avenida Antônio Joaquim de Moura Andrade, até a altura da lanchonete ‘O Lanchão’. Após isso, todos marcharam em direção à Escola Estadual Professora Nair Palácio de Souza, local em que a adolescente estudava e onde os cartazes foram fixados. Além da família, parentes, amigos e outras pessoas que se solidarizaram com causa integraram o movimento.

 

Com cartazes, camisetas e faixas, os manifestantes chamaram a atenção para a questão do bullying, uma vez que, na avaliação da família, este seria o principal fator que teria levado Karina a dar fim à própria vida. “Ela reclamava muito do cabelo dela e me falava que as pessoas ficavam comentando sobre seu cabelo e que isso a incomodava muito”, disse a irmã.

 

Outra informação apontada por Karla e que a família só teria tomado conhecimento após a morte de Karina, é que ela teria se relacionado com um rapaz e este, por sua vez, dizia ter espalhado fotos íntimas dela pelas redes sociais, além de revelar publicamente informações íntimas sobre a relação que teve com ela, gerando constrangimento à garota.

 

Familiares ouvidos pelo Nova News afirmaram que o descontentamento de Karina com seu cabelo, a possibilidade destas fotos e informações íntimas estarem circulando nos grupos e as pessoas supostamente estarem fazendo piadinhas e brincadeiras impróprias com relação a estas situações podem ter levado Karina a tomar a decisão fatal.

 

Suicídio entre adolescentes*

 

O tempo gasto em frente às telas de computadores, tablets e smartphone pode explicar o aumento dos sintomas de depressão, comportamentos e pensamentos suicidas que tem sido registrado em jovens norte-americanos, principalmente entre as meninas.

 

Essa é a conclusão de um novo estudo das universidades de San Diego e do Estado da Flórida. Os resultados reforçam a importância de se controlar a frequência de uso dessas mídias. Os pesquisadores analisaram dados de mais de 500 adolescentes dos Estados Unidos, que participaram de duas pesquisas anônimas diferentes. Eles também analisaram as estatísticas de suicídio dos Centros para o Controle e Prevenção de Doenças (CDC) daquele país.

 

Os números são alarmantes: a taxa de suicídio entre meninas de 13 a 18 anos disparou 65% entre 2010 e 2015. O número de meninas que experimentam sentimentos de desesperança, que pensaram em acabar com a própria vida e chegaram a tentar aumentou 12%. E os relatos de sintomas depressivos graves entre as meninas também tornaram-se 58% mais comuns.

 

A maior mudança observada na vida desses jovens entre 2010 e 2015, segundo a equipe, foi, sem dúvida, o aumento do tempo gasto em frente às telas, em detrimento de horas investidas em outras atividades, como estudos, exercícios ou interações sociais. Ou seja: tudo indica que essa nova rotina é prejudicial à saúde mental.

 

Os pesquisadores descobriram que 48% dos adolescentes que passaram cinco ou mais horas por dia em dispositivos eletrônicos relataram pelo menos um sintoma relacionado ao suicídio, em comparação com apenas 28% daqueles que gastaram menos de uma hora por dia nos aparelhos. Os sintomas depressivos também foram proporcionais ao tempo de exposição.

 

As descobertas, publicadas na revista Clinical Psychological Science, reforçam que a melhor maneira de evitar essa consequência perigosa do uso excessivo da tecnologia é limitar a exposição a uma ou duas horas por dia. (*Blog do Jairo Bouer / UOL).

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