quarta-feira, 24 de abril de 2024

Homem atropelado por motocicleta em 2014 precisa de atendimento especial e família pede ajuda

Em Dourados, familiares necessitam principalmente de serviços de enfermagem em domicilio; Paciente é cuidado há quase três anos, pela mãe de 65 anos

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João Pires

 

Dona Sebastiana Alves cuida do filho atropelado em dezembro de 2014 e precisa de ajuda para manter o filho vivo com dignidade (Foto - João Pires)

 

Cansada e sem ter a quem recorrer a dona de casa Sebastiana Alves de Souza, 65 anos, segue uma dura rotina para manter seu filho vivo e com condições dignas de tratamento.

 

Viúva e com renda de apenas meio salário mínimo, proveniente de pensão, ela pede ajuda financeira para contratar serviços de enfermagem em domicilio, pois durante os últimos dois anos e meio passa praticamente 24 horas por dia em função do filho Amarildo Alves de Souza (47), que foi atropelado por uma motocicleta, em dezembro de 2014.

 

A reportagem do Estado Notícias esteve na residência da dona Sebastiana, no sábado (09), e presenciou as condições de vida de Amarildo. Com politraumatismo craniano e incapaz de se locomover e se alimentar sozinho, ele passa o tempo todo deitado em um leito aos cuidados da mãe.

“Meu filho não apresenta evolução e sofre com convulsões diversas vezes durante o dia”, afirma Sebastiana.

 

O quarto onde fica foi totalmente adaptado, com ar-condicionado e amplas portas para facilitar o deslocamento por ambulâncias. As melhorias foram feitas todas por doações e rifas vendidas desde que foi atropelado, porém, apesar do ‘conforto’ o quadro de saúde do paciente não evoluiu e os cuidados só aumentaram.

 

Segundo os familiares, ele foi internado no dia 25 de agosto, período em que foi feito uma nova bateria de exames, onde foi constatado estado neurológico grave. “Meu filho não apresenta evolução e sofre com convulsões diversas vezes durante o dia”, afirma Sebastiana.

 

Desta forma, a recomendação médica é que Amarildo permaneça em casa e seu estado é considerado de “Urgência Extrema”, fato que motivou o médico Neurologista Adolfo Teixeira, prescrever diversas solicitações especiais (sistema “Home Care”), tais como; enfermeira ou técnica de enfermagem 24 horas em domicílio e medicamentos de alto custo para controlar as convulsões.

 

PODER PÚBLICO

 

Preocupada e atendendo as recomendações médicas, a família procurou intermediação do MPE (Ministério Público Estadual), que através do promotor Izonildo Gonçalves de Assunção Jr, encaminhou cópia da resposta da Secretaria Municipal de Saúde, referente à medicação receitada ao paciente e outras solicitações.

 

Em resposta, o parecer da Secretaria de Saúde afirma que diversos medicamentos solicitados não são disponíveis pela rede pública de Saúde, podendo ser substituídos por similares, fornecidos pelo SUS (Sistema Único de Saúde). Também informa que a secretaria não possui nenhum programa de fraldas descartáveis.

 

Já com relação ao atendimento domiciliar, principal necessidade de dona Sebastiana, a Secretaria Municipal de Saúde, também informou que o pedido não pode ser atendido. “Equipe de enfermeiros, fonoaudiólogo e fisioterapeutas, bem como atendimento médico domiciliar não cabe a esta Câmara responder”, cita o documento.

 

Desta forma, quem puder e estiver interessado em ajudar a família deve entrar em contato no telefone: 99903-7675 (Cleonice).

 

Atestado médico recomenda atendimentos especiais urgente

 

 

 

 

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