sexta-feira, 29 de março de 2024

Polícia Federal faz operação em MS, GO e DF contra grupo que prometia lucros milionários

Eles estariam captando dinheiro de investidores com promessas de recompensas, dizendo que havia títulos de mina de ouro desativada.Leia mais...

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Relógios apreendidos na operação Ouro de Ofir, em Campo Grande, MS (Foto: PF/Divulgação)

G1 MS

Relógios apreendidos na operação Ouro de Ofir, em Campo Grande, MS (Foto: PF/Divulgação)

Polícia Federal (PF) e a Receita Federal fazem nesta terça-feira (21), em Campo Grande, Terenos (MS), Goiânia e Brasília, operação de combate a grupo suspeito de estelionato.

 

Os policiais cumprem 11 mandados de busca e apreensão, quatro de prisão temporária e quatro de condução coercitiva, que é quando a pessoa é levada para prestar depoimento e depois liberada.

 

Até a publicação desta reportagem, já tinham sido apreendidos diversos relógios, dinheiro, carros de luxo, pedras preciosas e armas de fogo. Entre os locais que os policiais estiveram, em Campo Grande, estão uma empresa de consultoria no bairro Monte Castelo, uma residência em um condomínio de classe média alta e outra em bairro de mesmo padrão.

 

O esquema

 

O grupo atuava como instituição financeira clandestina, coptando valores normalmente acima de R$ 1 mil de investidores, com a promessa de recebimentos milionários. Os investidores eram induzidos a depositar quantias para ter uma lucratividade de mais de 1.000%.

 

De acordo com a PF , o grupo dizia ao investidor alvo haver uma mina de ouro já explorada e que os valores referentes às comissões de venda estavam sendo repratiados, vendidos e até mesmo doados a terceiros.

 

O grupo também prometia quantias milionárias com liberação de uma antiga Letra do Tesouro Nacional – LTN. Tudo isso mediante pagamento prévio.

 

 

Conforme a PF, os alvos da operação Ouro de Ofir, faziam contrato com o investidor. Papéis estes que não possuem lastro ou objeto jurídico plausível: os nomes eram Operação SAP e Aumetal. Também eram falsificados documentos de instituições públicas federais na tentativa de oferecer credibilidade ao que era repassado às vítimas

Entre os suspeitos de integrar o grupo estão advogados, consultores e servidores da Justiça.

 

Nome da operação

 

Segundo a PF, Ouro de Ofir é baseado em uma cidade mitológica da qual seria proveniente um ouro de maior qualidade e beleza. Tal cidade nunca foi localizada e nem o metal precioso dela oriundo.

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