quinta-feira, 18 de abril de 2024

Reforma trabalhista pode reduzir salários a partir de 2018 no País

Sindicalistas de Mato Grosso do Sul, ligados à Fetracom-MS preveem a redução dos salários a partir de 2018 e a precarização das relações trabalhistas. Leia mais...

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Assessoria

 

Com a sanção da Lei 13.467/17, da reforma trabalhista, que entra em vigor em novembro, sindicalistas de Mato Grosso do Sul, ligados à Fetracom-MS (Federação dos Trabalhadores no Comércio e Serviços de Mato Grosso do Sul) preveem a redução dos salários a partir de 2018 e a precarização das relações trabalhistas, por conta da redução da força dos sindicatos nas negociações salariais.

 

“A nova lei permite a negociação direta entre empregado e patrão e todos sabemos muito bem quem vai ganhar nessa história”, afirma Orlando Terredor Pinto, presidente do Sindicato dos Empregados no Comércio de Corumbá. Ele compara esse quadro com a história do lobo em meio aos cordeiros. “O Governo fez o jogo do empresariado e afastou o sindicato da defesa dos trabalhadores e as consequências disso serão gravíssimas”, afirma o sindicalista dizendo que a classe (trabalhadora) ainda não se deu conta disso e da falta que fará o sindicato na luta em defesa de seus interesses.

 

Orlando Terredor fala também no âmbito da precarização das relações trabalhistas, sobre o dumping social – processo no qual as condições de trabalho e os baixos salários influenciam para os preços finais de produtos e serviços, gerando precarização coletiva e concorrência desleal. Apesar do Sec-Corumbá e a Fetracom-MS ficarem atentas com relação a isso e denunciarem tais práticas às autoridades competentes, provavelmente pouco ou quase nada poderá ser feito para conter essa prática que vai contribuir ainda mais com prejuízos aos trabalhadores em todo o país.

 

Pedro Lima, presidente da Fetracom-MS informa que especialistas garantem que a prática de dumping social “pode levar a condições análogas à escravidão. O movimento sindical de Mato Grosso do Sul, assim como de todo o Brasil, segundo Lima, estão “preocupadíssimos” com as consequências da prática da reforma trabalhista a partir de novembro de 2017, quando as novas “e famigeradas” medidas entram em vigor.

 

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