sexta-feira, 26 de abril de 2024

Trump reconhece Jerusalém como capital de Israel

A medida promete gerar tensões no Oriente Médio e reduzir as possibilidades de um processo de paz entre israelenses e palestinos

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Exame

 

Trump: "Determinei que é hora de reconhecer oficialmente Jerusalém como capital de Israel" (Foto - Kevin Lamarque/Reuters)

 

O presidente norte-americano, Donald Trump, reverteu décadas de política externa dos Estados Unidos na quarta-feira e reconheceu Jerusalém como a capital de Israel, apesar dos alertas ao redor do mundo de que o gesto causaria ainda mais tensão entre Israel e os palestinos.

 

Em um discurso na Casa Branca, Trump disse que sua administração iniciará um processo para transferir a embaixada dos EUA em Tel Aviv para Jerusalém, o que deverá levar anos.

 

O status de Jerusalém –lar de locais sagrados para as religiões muçulmana, judaica e cristã– tem sido um dos problemas mais espinhosos dos esforços de paz do Oriente Médio.

 

Israel considera a cidade como sua capital eterna e indivisível e quer todas as embaixadas lá. Os palestinos querem que a capital de um Estado palestino independente esteja no setor oriental da cidade, que Israel capturou na guerra de 1967 no Oriente Médio e anexou em um movimento nunca reconhecido internacionalmente.

 

A decisão de Trump deve agradar o núcleo de seus apoiadores –republicanos conservadores e cristãos evangélicos que compõem uma parte importante de sua base política.

 

Os assessores de Trump afirmam que o movimento reflete a realidade de Jerusalém como o centro da fé judaica e o fato de que a cidade é a sede do governo israelense.

 

Trump chamou sua decisão como um passo “há muito atrasado” para avançar no processo de paz.

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